Rede Globo está sendo processada por vários atores magoados
02/10/2023 às 11h00
Globo, canal líder de audiência virou alvo de atores que buscam o reconhecimento dos direitos trabalhistas
Depois de apresentadores, jornalistas e autor de novela, a Globo deve enfrentar uma chuva de processos trabalhistas de ex-atores da emissora.
Segundo o que o NaTelinha apurou, nomes conhecidos do público já estão se preparando com o intuito de acionarem a Justiça na busca do reconhecimento empregatício no período em que prestaram serviços como PJ (Pessoa jurídica), sem usufruir dos direitos de quem é CLT (carteira assinada).
São artistas famosos, que também incluem veteranos, que estão reunindo provas e já definindo a melhor forma de defesa da causa nos tribunais. Parte desses atores saiu magoada do canal pela forma que foram dispensados.
Segundo fontes ouvidas, eles perceberam que não terão uma segunda oportunidade de trabalho em produções da Globo, porque a emissora não contratou nenhum deles mesmo sendo indicados por autores para personagens em novelas e séries. Perceberam que isso foi um sinal de que as portas estão fechadas.
Desde 2018, quando a emissora iniciou o programa Uma Só Globo, a líder de audiência passou a adotar o modelo de contrato por obra e não renovou os contratos fixos. O intuito é seguir uma tendência mundial e cortar custos fixos de produção. Com isso, dezenas de atores foram dispensados que estavam há anos na emissora.
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Os processos
O canal já se defende de diversos processos trabalhistas de seus famosos ex-funcionários. Em 2017, Carolina Ferraz não renovou seu contrato, depois de 27 anos, e entrou com uma ação trabalhista contra a Globo. Contudo, a atriz afirma que seu contrato de trabalho nunca foi registrado pela CLT. Por isso, ela diz ter sido privada de benefícios como férias remuneradas e 13º salário. A indenização gira em torno de R$ 7 milhões. Sobre a mesma questão, Maitê Proença também abriu uma ação contra a Globo.
Em junho deste ano, o ex-narrador da emissora, Jota Júnior, processou a emissora por direitos trabalhistas referentes aos 24 anos que atuou na empresa. Porém, o profissional, que foi demitido em março, cobra R$ 15,8 milhões por adicional noturno, hora extra e acúmulo de função.
Contudo, na última quarta-feira (27), o escritor Euclydes Marinho, que trabalhou na Globo de 1979 a 2020, ganhou uma ação contra a emissora. Além disso, o autor receberá cerca de R$ 3,5 milhões, entre danos morais e verbas rescisórias não quitadas pelos anos que escreveu para o canal carioca.