Atriz querida pelo público acabou afastada das novelas da Globo por fofoca cruel: “Fiquei magoada”

Atriz fez grandes sucessos na Globo, mas depois sumiu

Uma das atrizes mais bonitas das décadas de 1970 e 1980, Lady Francisco (1935- 2019) se destacou na TV e no cinema ao interpretar figuras sensuais.

E tambem, tipos cómicos, com destaque para a divertida manicure Gisela, de Louco Amor (1983), o maior éxito de sua carreira.

No entanto, no auge do sucesso, uma fofoca fez com que ela ficasse longe da telinha por um longo período, de 1984 até o seu retorno em 1990 como a prostituta Yara, de acabou sendo demitida da Globo.

“Aqueles seis anos de jejum artístico foram causados por uma fofoca que o Nelson Rubens fez de mim sobre o Paulo Ubiratan (diretor, 1947-1998). Ele me gelou todo esse tempo”, disse.

“Eu era funcionária da Globo e não terceirizada, como acontece hoje com os atores. Fui mandada embora, fiquei magoada, pois amava a emissora. Ainda gosto muito dela, mas visto a camisa de onde estou trabalhando”, desabafou.

Na ocasião da entrevista, Lady Francisco dava expediente na Record, como Marinalva. de Marcas da Paixão. A última passagem pela Globo havia sido O Amor Está no Ar (1997, foto abaixo com Nuno Leal Maia).

Durante o tempo em que ficou sem trabalho no Brasil, a atriz partiu para a Europa, onde permaneceu por 10 meses, se apresentando nos teatros de Portugal e Espanha.

Segundo ela, a saudade dos seus animais de estimação a impediu de ficar por mais tempo. Ao retornar ao país, a veterana comprou com o dinheiro que ganhou no exterior um apartamento em Laranjeiras.

A famosa expôs depressão

Como não aparecia nenhum convite para trabalhar, e temendo passar necessidades, ela passou a contar com o auxílio financeiro da filha Andréa e de sua mãe, Dona Matilde.

Lady, que sempre foi conhecida por conta do seu alto astral, revelou que entrou em depressão por estar hå bastante tempo longe dos holofotes.

“Acho aquela música do Gonzaguinha o máximo: ‘O homem se humilha se castram o seu sonho. Seu sonho é sua vida e a vida é o trabalho. Sem trabalho o homem não tem honra”

“E sem honra, se morre, se mata. Eu traduzo nessa letra o que eu passei durante os últimos anos. Além disso, não dá para a gente esperar mais nada quando se chega à minha idade”, contou ela em conversa ao jornal O Globo, de 26 de agosto de 1990.