Ator se revoltou com papel em novela, pediu demissão e nunca mais pisou na Globo: “Perguntaram se eu tinha certeza”

13/03/2024 às 16h00

Por: Renan Santos
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Ewerton de Castro pediu demissão da Globo. (Foto: reprodução/Montagem/Fatos da TV)

Ewerton de Castro não se conformou com papel de “figurante” em novela e pediu para deixar a Globo

Ao ser oferecido um papel pequeno na novela “O Quinto dos Infernos” em 2002, Ewerton de Castro, um ator renomado com mais de 30 anos de carreira na televisão, enfrentou uma situação na qual se sentiu desvalorizado por parte da Globo. Se sentindo subestimado, optou por abandonar o projeto e criticou duramente a emissora.

Sua carreira na televisão começou na versão da Band do “Sítio do Pica-Pau Amarelo” de 1967 a 1969. Depois disso, ele participou de várias produções na extinta TV Tupi. Ewerton começou a trabalhar para a Globo em 1979, atuando em séries como “Malu Mulher” e novelas como “Roque Santeiro” e “Vida Nova”.

Mas em 2002, sua desilusão com a emissora foi revelada quando ela se sentiu relegada a um papel de figurante em “O Quinto dos Infernos”. Em uma entrevista à Folha de S. Paulo, expressou seu descontentamento por não ter recebido atenção artística suficiente, deixando claro que a trama carecia de falas e de destaque.

Ewerton de Castro na novela Escrava Isaura. (Foto: reprodução/Record)

Ewerton de Castro na novela Escrava Isaura. (Foto: reprodução/Record)

Ator nunca mais pisou na emissora

Quando questionado sobre a reação da Globo ao seu pedido de demissão, ele respondeu: “Perguntaram-me inúmeras vezes se eu tinha certeza do que estava fazendo. A relação entre a Globo e os atores é tão injusta que, quando alguém diz não, eles dizem que não ouviram direito. Eles não acreditam que alguém não queira trabalhar lá. Sabem que há uma fila na porta implorando para entrar a qualquer preço”.

Ator Ewerton de Castro. (Foto: reprodução/AgNews)

Ator Ewerton de Castro. (Foto: reprodução/AgNews)

Ewerton afirma que a Globo assume que todos querem trabalhar, o que leva a um tratamento injusto e desrespeitoso dos profissionais. Ele sustentou que essa mentalidade prejudica a indústria em geral, mantendo a desvalorização com os artistas.

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Depois disso, o ator nunca mais foi convidado para trabalhos na Globo. Sua última aparição na TV foi na minissérie “A História de Ester”, da Record, em 2010, mas suas críticas foram usadas como um alerta sobre as condições de trabalho na indústria televisiva brasileira.

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