ADEUS
R$ 32 MI em dívidas e falência decretada: O fim de fábrica gigante de calçados e o choque de funcionários
22/06/2024 às 16h00
O fim de fábrica gigante de calçados
Uma tradicional fábrica de calçados brasileira, decretou falência após se enterrar em uma quantidade absurda de dívidas, dando adeus em definitivo no ano passado.
Trata-se da fábrica de calçados, do Grupo São Francisco, localizado em São Francisco de Paula (RS) e Parobé (RS), fundada em agosto do ano de 2019.
Após atravessar um período critico, ela acabou tendo a sua falência decretada pela Justiça, em abril do ano passado. De acordo com o portal Exclusivo, a empresa estava afundada em dívidas que somadas chegavam a quantia de R$ 32,7 milhões de reais.
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Vale destacar que o empreendimento já havia realizado um pedido de Recuperação Judicial e tal plano teria sido votado por seus credores.
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Pra piorar ainda mais a situação, cerca de 158 funcionários da companhia foram surpreendidos ao encontrar as portas das fábricas completamente fechadas, sem os maquinários e alegando que nem sequer foram comunicados a respeito da situação, causando um verdadeiro choque nos trabalhadores.
Conforme despachado pelo Juiz de Direito da Vara Regional Empresarial de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira, foi comprovado o abandono do empreendimento e a retirada dos equipamentos.
Isso configurou como um ato premeditado pela empresa afim de evitar a venda de alguns dos seus ativos para a devida quitação dos débitos. Sendo assim, por meio de nota, o Juiz constatou não somente o abandono do negócio como o desvio patrimonial.
O QUE DIZ A EMPRESA?
Segundo um comunicado oficial da própria empresa na época, foi informado que essa crise foi agravada pela pandemia de Covid-19. O que impactou a produção e consequentemente, o faturamento.
Segundo declarações dadas pelo presidente do Sindicato dos Sapateiros de Parobé (Sindparobé) e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçado e Vestuário do RS (FETICVERGS), João Pires, há alguns anos, a calçadista já não estava cumprindo com as suas obrigações trabalhistas.
Em meio a declaração dada por ele, foi alegado que a fábrica não depositava o FGTS dos funcionários, além disso a empresa não cumpria com os pagamentos das rescisões.
Ainda em 2023, conforme foi publicado pelo portal GZH, o advogado Diego Estevez, que era o administrador judicial da empresa na Recuperação Judicial, foi quem se responsabilizou por relatar à Justiça sobre o esvaziamento da fábrica.
Com isso, a empresa acabou sendo lacrada, e também foi organizado um leilão com os bens que sobraram a fim de sanar as dívidas.
O QUE ACONTECE EM CASO DE FALÊNCIA?
O processo de falência reúne os bens da empresa, do empresário e dos sócios em questão.
A Justiça, então, decide o que deve ser liquidado para levantar verba e pagar as dívidas, seja com credores, fornecedores ou funcionários.