Ex-atriz da Globo, reclusa e sem família, teve triste despedida solitária

19/03/2024 às 21h48

Por: Bruna Alves
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Lima Duarte e a atriz Zilda Cardoso em "Meu Bem Meu Mal" (Foto Reprodução/Memória Globo)

Como a artista da Globo não teve filhos, não se casou e vivia sozinha, pouca gente participou de seu velório

No dia 20 de dezembro de 2019, o Brasil perdeu uma das mais destacadas atriz e comediantes da história da televisão brasileira e da Globo.

Estamos nos referindo a Zilda Cardoso, que interpretou a memorável Dona Catifunda em programas humorísticos como Escolinha do Professor Raimundo e A Praça é Nossa, além de outros papéis em programas e telenovelas.

Ausente da televisão desde o começo dos anos 2000, ela, que contava com 83 anos. Acabou encontrada sem vida por sua cuidadora em seu apartamento, no bairro Santa Cecília, na capital paulista.

A atriz estava na cama e não respondeu aos chamados da profissional. Uma cena compartilhada pelo portal G1, no entanto, chamou a atenção durante o velório da atriz, ocorrido no Cemitério São Pedro, na Vila Alpina, em São Paulo (SP).

Devido ao fato de não ter contraído matrimônio, não ter tido descendência e viver de forma solitária, poucas pessoas estiveram presentes em seu velório.

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Nem mesmo seus ex-colegas da televisão estiveram presentes. O corpo da atriz foi submetido à cremação no mesmo local.

A comediante iniciou sua trajetória no começo dos anos 1960, quando teve a oportunidade de substituir a atriz Eloisa Mafalda em um programa humorístico da extinta TV Paulista.

Zilda Cardoso

Zilda Cardoso (Foto Reprodução/Globo)

A famosa deixou sua marca no humor nacional

Foi nesse programa que ela criou a personagem que interpretaria até o final de sua carreira: Catifunda, uma mendiga irreverente que frequentemente fumava charuto e saudava com um “Saravá!”. Logo, ela estaria sentada no banco da Praça da Alegria, ao lado de Manoel de Nóbrega.

A partir desse momento, Zilda não parou mais e esteve presente em programas que deixaram sua marca no humor brasileiro:

Noites Cariocas (1967), Show do Dia 7 (1969), Os Trapalhões (1977), Reapertura (1981), A Praça é Nossa (1987), Escolinha do Professor Raimundo (1991), entre outras produções.

A comediante também participou de telenovelas e uma das personagens que se destacou em sua carreira foi a enfermeira Elza, de Meu Bem, Meu Mal. Além disso, ela fez parte do elenco da série Delegacia de Mulheres (1990).

Entretanto, foi com a Catifunda que ela prosseguiu até o fim de sua carreira. Por volta dos anos 2000, Zilda encerrou suas atividades na Praça é Nossa e passou a levar uma vida simples e tranquila na região central de São Paulo.

Assim, a comediante vivia sozinha, recebia auxílio de uma cuidadora e costumava almoçar com suas amigas em uma churrascaria.

Em suma, no dia 20 de dezembro de 2019, a diarista não recebeu a ligação da empregadora e decidiu ir pessoalmente até o apartamento.

Ao abrir a porta, encontrou Zilda caída no chão, chamou o Corpo de Bombeiros, que confirmou o falecimento da comediante.

Por fim, em entrevista ao UOL, no dia 20 de dezembro, o investigador Luiz Carlos Vegi afirmou que Zilda faleceu de causas naturais. No entanto, o cigarro pode ter contribuído para o óbito da comediante.

Zilda Cardoso e Jorge Dória em Meu Bem, Meu Mal

Zilda Cardoso e Jorge Dória em Meu Bem, Meu Mal (Foto Reprodução/Globo)

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Eu sou Bruna Alves, redatora de notícias da televisão e celebridades desde 2016, com passagens em alguns sites da área ao logo desse tempo. No FATOS DA TV, trago notícias com credibilidade e responsabilidade aos leitores, relembrando acontecimentos passados da TV e dos famosos, mas também deixando os leitores atualizados com assuntos da atualidade.

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