Autor, em estado terminal, pediu para ser mantido vivo até novela acabar
22/03/2024 às 22h55
Um renomado cineasta e escritor, o autor deixou sua marca na televisão brasileira
Considerado um dos pioneiros do meio, Walter George Durst contribuiu com textos para o TV de Vanguarda na TV Tupi, além de ter escrito várias novelas e séries de sucesso.
Um de seus trabalhos mais notáveis foi a versão de 1975 de Gabriela. Durst faleceu em 1997, pouco depois de ser diagnosticado com um câncer terminal na medula.
Naquele momento, ele estava trabalhando no remake de Os Ossos do Barão (1997), baseado na obra de Jorge Andrade e produzido pelo SBT. Ele solicitou aos médicos que o mantivessem vivo até terminar o projeto, estrelado por Ana Paula Arósio e Tarcísio Filho.
Walter George Durst, um intelectual, começou sua carreira na televisão nos primeiros anos do meio, adaptando textos clássicos do teatro para o TV de Vanguarda, que marcou o início da teledramaturgia no Brasil. Sua estreia em novelas foi com Cleópatra (1962), na TV Tupi.
Durst deixou sua marca em muitos projetos televisivos memoráveis, como Gabriela (1975) e Nina (1977), esta última criada rapidamente após o cancelamento de Despedida de Casado (1977), uma novela de sua autoria que foi proibida de ir ao ar pela censura.
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Ele também adaptou obras literárias em minisséries, como Terras do Sem-Fim (1981) e Anarquistas, Graças a Deus (1984).
Em 1995, ele trabalhou na extinta TV Manchete, supervisionando Tocaia Grande, uma trama baseada na obra de Jorge Amado escrita por Duca Rachid, Marcos Lazarini e Mário Teixeira. Em seguida, ele liderou o remake de Os Ossos do Barão no SBT.
Walter George Durst faleceu em 24 de agosto de 1997, aos 75 anos, devido a um câncer na medula. Na época, ele estava trabalhando no roteiro de Os Ossos do Barão, com colaboração de Duca Rachid, Marcos Lazarini e Mário Teixeira.
O famoso, mesmo debilitado, continuou a trabalhar
“Ele nunca parou de escrever. Mesmo quando o autor estava escrevendo Os Ossos do Barão, ele estava fraco, mas os exames não indicavam câncer. Ele pediu aos médicos para mantê-lo vivo até terminar o trabalho”, disse ele ao jornal Folha de S. Paulo em 25 de agosto de 1997.
O câncer foi diagnosticado em abril de 1997. Quando Durst faleceu, Os Ossos do Barão ainda estava sendo exibido no SBT. No entanto, a novela já estava totalmente gravada, pois estreou com todos os episódios já prontos.
O remake da novela de Jorge Andrade, exibida pela Globo em 1973, foi a última grande novela da era dourada da teledramaturgia do SBT.
Dessa forma, a trama do autor girava em torno de Egisto (Juca de Oliveira), um homem de origem humilde que enriquece durante a Revolução Industrial e se obceca em obter um título de nobreza.
Egisto vê a oportunidade de se tornar nobre quando seu filho Martino (Tarcísio Filho) se apaixona por Isabel (Ana Paula Arósio), bisneta do Barão. No entanto, Miguel (Othon Bastos), pai dela, se opõe à união.
Assim, as gravações de Os Ossos do Barão começaram em outubro de 1996, com previsão de estreia em novembro do mesmo ano, substituindo Razão de Viver.
No entanto, Silvio Santos adiou a estreia e transmitiu Dona Anja (1996) em vez disso. Os Ossos do Barão estreou em abril de 1997 e foi ao ar até setembro do mesmo ano, totalizando 115 episódios.
Contudo, além dos mencionados, o elenco contava com Rubens de Falco, Bete Coelho, Jussara Freire, Cleyde Yáconis e Leonardo Villar, entre outros.
Autor(a):
Bruna Alves
Eu sou Bruna Alves, redatora de notícias da televisão e celebridades desde 2016, com passagens em alguns sites da área ao logo desse tempo. No FATOS DA TV, trago notícias com credibilidade e responsabilidade aos leitores, relembrando acontecimentos passados da TV e dos famosos, mas também deixando os leitores atualizados com assuntos da atualidade.