Estrela do Sítio do Picapau Amarelo teve carreira destruída por causa da série: “Me prejudicou”
14/12/2022 às 19h30
Não é raro na TV alguns atores ficarem tão marcados por algum personagem que isso acaba praticamente arruinando o prosseguimento da sua carreira. Apesar do grande sucesso que conseguem por aquele papel, o fato do público não conseguir desassociá-lo do seu personagem de destaque faz com que ele tenha dificuldade para receber novos convites. Foi o que aconteceu com Zilka Salaberry, estrela do Sítio do Picapau Amarelo.
A atriz deu vida à icônica personagem Dona Benta na primeira versão do seriado, exibida pela Globo entre os anos 1977 e 1986. O detalhe é que a famosa já tinha uma carreira consolidada quando foi convidada para o papel, apesar de, 1975, ela ter revelado que não tinha ficado rica pelos trabalhos que já fez.
“Hoje, embora tenha alcançado um certo respeito pelo meu trabalho e uma boa popularidade, posso dizer que não estou rica. Se amanhã eu parar de trabalhar, não terei do que viver”, confessou a estrela, em entrevista à revista Amiga.
Zilka Salaberry deu vida à personagem Dona Benta. (Foto: reprodução)
Sucesso em O Sítio do Picapau Amarelo fechou a porta para novas oportunidades
O Sítio do Picapau Amarelo, assim como a sua personagem, bastante carismática, tiveram um sucesso quase imediato. Porém, isso acabou se tornando uma espécie de “armadilha” para a atriz, que teve sua imagem tão ligada à personagem Dona Benta, que ela acabou recebendo poucas oportunidades para novos trabalhos após o fim da série, principalmente nas novelas.
“As pessoas choram e me beijam como se eu fosse a Dona Benta, que transmitia sabedoria. Mas a personagem prejudicou meu retorno às novelas. Quando fiz Teresa Batista e interpretava a dona de um bordel, as pessoas que acompanhavam a gravação diziam, por exemplo, a Dona Benta está tão bonita”, revelou a veterana.
Zilka enfrentou alguns problemas de saúde em seus últimos anos de vida, tendo problemas de locomoção. A atriz morreu em 10 de março de 2005, aos 87 anos. Seu último trabalho foi a novela Esperança, em 2002.
