Famosa não aceitou ser chamada de “maluca” e deu o troco na Globo indo para outro canal

Glória Perez teve novela rejeitada pela Globo, que considerou a trama “maluca”

Nem sempre a relação da Globo com seus autores, incluindo as suas principais estrelas, é um mar de rosas. Ao longo da sua história, a emissora carioca acumula alguns atritos com novelistas, principalmente pela rejeição de sinopses, o que fez com que os escritores decidissem até mesmo trocar a emissora por uma concorrente.

O caso mais emblemático ocorreu com Benedito Ruy Barbosa, que teve a sinopse de Pantanal rejeitada pelo canal e conseguiu tirá-la do papel na TV Manchete, chegando a superar a audiência da própria Globo.

Outro caso marcante envolve Glória Perez. A autora, que está atualmente no ar em Travessia, tem como marca principal a abordagem de temas complexos e pouco difundidos, que englobam cultura, ciência e tecnologia. Foi assim que, em 1985, ela teve a ideia de criar Barriga de Aluguel, que traz uma história sobre uma mocinha que cedia seu ventre para gerar o filho de outra mulher.

A premissa da trama poderia gerar conflitos interessantes e dar muito pano para a manga, mas na época, a Globo considerou a história do folhetim completamente “maluca” e a rejeitou de imediato.

Autora decidiu deixar a emissora, mas retornou anos depois

Glória Perez ficou tão magoada com a recepção negativa, que decidiu deixar a Globo para fazer sua primeira e única novela fora da emissora: Carmen (1987), na Manchete.

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A autora e a Globo só voltariam a fazer as pazes em 1990, quando a emissora finalmente reviu a sua decisão sobre Barriga de Aluguel e decidiu produzir a trama, uma vez que o tema já era mais popular no Brasil.

Na trama, Clara, interpretada por Cláudia Abreu, era uma jovem pobre de periferia, que recebia uma proposta financeira do casal Ana (Cassia Kis) e Zeca (Victor Fasano), que não podia ter filhos, para que gerasse o bebê deles. A jovem, no entanto, acaba se apegando a criança durante a gestação, causando uma grande disputa emocional e judicial com a mulher que lhe fez a proposta.