Autor traumatizado e protagonista afastado: há 15 anos, Globo encerrava sua pior novela das 18h: “Nunca mais”
14/03/2024 às 15h00
Negócio da China é considerada a pior e mais problemática novela das 18h da história da Globo
A novela “Negócio da China”, que foi exibida há exatos 15 anos, terminou com poucas memórias positivas para a Globo. A história, protagonizada por Grazi Massafera e Fábio Assunção, foi um verdadeiro fracasso para a emissora no horário das seis, que teve problemas internos e um desempenho ruim na audiência.
A novela teve 136 capítulos e começa com o roubo bilionário de Liu em um cassino chinês. Depois disso, os dados do assalto são armazenados em um pen-drive, que acaba nas mãos de Aurora e seu filho, João, interpretado por Ricardo Pereira.
Aurora e João são perseguidos pela máfia chinesa, então Liu envia Aurora e João para o Brasil. Lá, João se envolve com Lívia, interpretada por Grazi Massafera, enquanto ela tem um divórcio complicado com Heitor, interpretado por Fábio Assunção.
A Globo cometeu um erro estratégico ao mudar o horário da novela originalmente das sete para o das seis. Isso foi feito com o objetivo de atrair uma audiência mais jovem após uma série de folhetins da época. Mas a mudança teve o efeito oposto, diminuindo a audiência.
Protagonista afastado e autor traumatizado
Apesar de uma estreia promissora, com 30 pontos na audiência, a novela rapidamente perdeu espectadores e caiu para 18 pontos em uma semana e chegou a apenas 15 pontos em sua terceira semana de estreia. A queda foi causada pela intensa cobertura da mídia sobre o sequestro de Eloá Pimentel, o que desviou a atenção do público para outros canais.
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A situação se agravou quando Fábio Assunção saiu das gravações por causa de problemas com dependência química. Isso levou seu personagem, Heitor, a desaparecer da trama e, mais tarde, a ser assassinado após descobrir sobre a máfia chinesa.
A substituição do ator por Dalton Vigh não conseguiu atrair o público, e o autor Miguel Falabella acabou traumatizado, afirmando, em entrevista, que nunca mais voltaria a escrever novelas.