LUTO! Morre Glória Maria, um dos maiores ícones do jornalismo brasileiro e da televisão
02/02/2023 às 10h52
O Brasil acordou de luto com a notícia devastadora da morte de Glória Maria, um ícone do jornalismo e da televisão brasileira
Hoje o Brasil acordou de luto ! Um dos nossos maiores ícones e inspiração do jornalismo brasileiro, Glória Maria, morreu no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (02), aos 73 anos de idade.
A Rede Globo inteira está vivendo o luto, todos os programas não estão falando de outra coisa, afinal, a importância de Glória é algo extremamente significativo.
Com muito pesar a emissora emitiu uma nota: “É com muita tristeza que anunciamos a morte de nossa colega, a jornalista Glória Maria” – Disse a nota
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Como muitos sabem Glória Maria, no ano de 2019 lutou contra um câncer de pulmão. O tratamento com imunoterapia teve sucesso, mas um tempo depois, ela sofreu metástase no cérebro, que também pôde, inicialmente, ser tratada com êxito por meio de cirurgia, mas os novos tratamentos não avançaram:
“Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio” – Continua o comunicado da Globo
Glória Maria, que tem a palavra glória até no nome, foi pioneira inúmeras vezes. Ela foi a primeira a entrar ao vivo e em cores no “Jornal Nacional”, fato esse relembrado por Patrícia Poeta na manhã de hoje no “Encontro”, mostrou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos:
“Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa.”
Trajetória Gloriosa
Glória Maria Matta da Silva, mais conhecida como Glória Maria, nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, ela sempre estudou em colégios públicos e se destacou em todos eles.
Em entrevista ao Memória Globo ela confessou que não pensava muito em televisão na época. A Tv foi algo que entrou na vida dela depois, quando ela já estava lá:
“ A televisão era algo que não existia, em termos de jornalismo, em termos de cultura, era tudo emblionário. Meu sonho era sair daqui e ir para um jornal e escrever. Até porquê a nossa atividade política era muito forte, eu achava que no jornal poderíamos fazer denuncia. Então televisão nunca passou pela minha cabeça até eu entrar lá”
Quando ingressou na faculdade de Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), ela conciliava os estudos com o emprego de telefonista da Embratel.
Na década de 70, em meio à ditadura militar no brasil, um dos momento históricos mais difíceis, principalmente pra o jornalismo brasileiro devido à censura, ela foi indicada por uma amiga para ser radio-escuta da Globo do Rio.
Naquele tempo sem internet, ela corajosamente descobria o que acontecia na cidade ouvindo as frequências de rádio da polícia e fazendo rondas ao telefone, ligando para batalhões e delegacias
Na Globo, tornou-se repórter numa época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo. A estreia como repórter foi no ano de 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro:
“Quem me ensinou tudo, a segurar o microfone, a falar, foi o Orlando Moreira, o primeiro repórter cinematográfico com quem trabalhei” – Afirmou ela, ainda em entrevista para o Memória Globo
Glória Maria trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio. Coube a ela a primeira reportagem do matinal local, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.
No “Jornal Nacional”, foi a primeira repórter a aparecer ao vivo na Tv. Cobriu a posse de Jimmy Carter em Washington e, no Brasil. Como mencionamos, ela tinha uma coragem sem igual, em plena ditadura ela conseguiu entrevistar chefes de estado, como o ex-presidente João Baptista Figueiredo, um dos mais temidos da ditadura:
“Foi quando ele [João Figueiredo] fez aquele discurso ‘eu prendo e arrebento’ – para defender a abertura [1979]. Na hora, o filme [para fazer a gravação da entrevista] acabou e não tínhamos conseguido gravar” – Iniciou ela que continuou:
Aí eu pedi: ‘Presidente, é a TV Globo, o Jornal Nacional, será que o senhor poderia repetir?’. ‘Problema seu, eu não vou repetir’, disse Figueiredo. O ex-presidente dizia para a segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim’” – Relembrou
Outro fato marcante dela é que ela foi a primeira pessoa a usar a Lei Afonso Arinos, a primeira norma contra o racismo no Brasil, ao ser impedida de entrar em um hotel por ser negra na década de 70 e sempre foi ativista contra o racismo.
Porém suas matérias foram tão impactantes, que ela ficará para sempre VIVA em nossa história ! Glória Maria, você é e sempre será gloriosa!
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 32 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora, e voltei para essa cidade, afim de recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever. Minha maior paixão sempre foi a dramaturgiaTambém sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ....