Novela é retirada do ar um mês após sua estreia por conta de morte de ator
02/05/2024 às 20h28
Durando apenas um mês na TV, novela teve seu fim junto com protagonista que morreu por complicações de sua frágil saúde
A retirada de uma novela do ar, apenas um mês após sua estreia, gerou ondas de choque na indústria do entretenimento. A decisão abrupta foi tomada em resposta à trágica morte de um dos atores principais da produção.
Esse desfecho inesperado não só impactou os espectadores, que mal haviam começado a se envolver com a trama.
Há 50 anos, em 8 de novembro de 1973, estreava uma novela da TV Tupi que teria vida bem curta. O Conde Zebra, exibida até 28 de dezembro do mesmo ano, foi tirada do ar abruptamente pelo canal após a morte de seu protagonista, apenas um mês e meio após a sua estreia.
A produção, escrita por Sérgio Jockyman (1930-2011) e dirigida por Luiz Gallon (1928-2002), substituiu A Volta de Beto Rockfeller, tentativa da emissora de reconquistar o sucesso alcançado pela trama original, de 1968, novamente com Luis Gustavo, mas sem chegar perto de obter o mesmo êxito.
Calcada no humor, O Conde Zebra mostrava a história de Vitório Testada (Otelo Zeloni), um humilde imigrante italiano. Um belo dia, uma santa aparecia em um sonho e dava a ele os números para jogar na loteria. Ele acabava vencendo e se tornava milionário, inclusive comprando um título de nobreza, passando a se chamar dom Vespasiano Testardo, o Conde Zebra do título.
LEIA TAMBÉM:
● Rede Globo é proibida de exibir novela por cena polêmica com criança
● Sem trabalho na TV, famoso ator de “O Rei do Gado” morreu em casa de tristeza
● Em uma triste fatalidade, famosa atriz de Chocolate com Pimenta morreu após sofrer parada cardíaca
No entanto, mal houve tempo de desenvolver a história. O ator Zeloni estava com um tumor cerebral. além disso, seu estado de saúde rapidamente se agravou.
O fim da produção?
Além da novela, Zeloni apresentava, também na Tupi, o programa de culinária Zeloni Forno e Fogão, ao vivo, aos domingos.
Com o repentino cancelamento da produção, a Tupi se virou com reprises até estrear O Machão, também de Jockyman, em 5 de fevereiro de 1974. A trama, estrelada por Antonio Fagundes e Maria Isabel de Lizandra (1946-2019), fez muito sucesso e deu origem, anos depois, a outro sucessos. Como por exemplo: O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco, produzida pela Globo entre 2000 e 2001.
Contudo, outras novelas ficaram marcadas pela perda de seus protagonistas durante as gravações, como O Primeiro Amor (1972), com a morte de Sérgio Cardoso (1925-1972); Sol de Verão (1983), com Jardel Filho (1928-1983); e, mais recentemente Velho Chico (2016), com Domingos Montagner (1962-2016).