Fiasco na Globo, novela quase teve “ônibus da morte” para sumir com todos os personagens

08/06/2023 às 15h30

Por: Renan Santos
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Novela O Amor é Nosso foi exibida pela Globo. (Foto: reprodução/Montagem)

O Amor é Nosso se tornou uma das novelas mais problemáticas da Globo

A Globo teve diversas novelas problemáticas ao longo de sua história, e que por conta disso, se tornaram um verdadeiro fiasco. Mas poucas se comparam à O Amor é Nosso, trama que foi ao ar em 1981 na faixa das 19h da emissora.

O folhetim tinha uma proposta ousada, acompanhando a carreira musical do jovem cantor Pedro, vivido por Fábio Jr., além de Leonardo (Stênio Garcia), um padre revolucionário. Myrian Rios, Tônia Carrero, Jorge Dória, Pepita Rodrigues, Simone Rodrigues, Osmar Prado e Stepan Nercessian completavam o elenco principal da produção.

Porém, a trama se tornou uma verdadeira bagunça. O público não comprou muito a proposta diferenciada da produção, que misturava elementos policiais como romances e confusões típicas dos jovens, além de sofrer com o excesso de personagens, que não tinham muita função na história. A novela, aliás, era escrita por Roberto Freire e Wilson Aguiar Filho, que não tinham muita experiência escrevendo folhetins.

Fábio Jr., Myrian Rios e Stepan Nercessian estrelaram a novela. (Foto: reprodução/Globo)
Fábio Jr., Myrian Rios e Stepan Nercessian estrelaram a novela. (Foto: reprodução/Globo)

Famosos e “ônibus da morte”

Diante do caos que a história se tornou, a Globo precisou escalar o experiente Walther Negrão para assumir o comando de O Amor é Nosso, e chegou a ser cogitada uma estratégia inusitada para resolver o problema com o excesso de personagens na história: um “ônibus da morte”, no qual diversos personagens acabariam morrendo em um acidente trágico.

Negrão, no entanto, descartou utilizar essa estratégia radical, decidindo simplesmente encerrar a trama de vários personagens, alegando que havia pegado a história exatamente na metade, e assim poderia implementar a sua própria trama sem maiores problemas.

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Além disso, a novela passou a apelar para a participação especial de famosos da época, como o ator Fernando Ramos da Silva, que estava em alta por protagonizar o filme Pixote, Marlene, estrela da era de ouro do rádio, e até Roberto Carlos, que na época era casado com Myrian Rios, protagonista da trama. Porém, nenhuma dessas estratégias conseguiu salvar totalmente o folhetim, que chegou ao fim com 155 capítulos, e é uma produção que a Globo prefere esquecer.

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