O apresentador Silvio Santos já se candidatou a presidência do Brasil: “Um bom governo”
13/04/2023 às 11h00
Disputando contra Lula e Collor, Silvio Santos afirmou que não deixaria a televisão caso fosse eleito presidente do Brasil
Em meados de 1988 o popular apresentador Silvio Santos, dono da rede televisiva SBT, dava o seguinte depoimento: “Se o Silvio Santos um dia for candidato a qualquer cargo eletivo, e se o Silvio Santos apontar qualquer um candidato às eleições, não votem no Silvio Santos e nem em quem ele apontar, porque o Silvio Santos vai estar tapeando vocês. Não quero ser político e não vou apontar ninguém pra presidente da República”. Um ano depois, ele se candidataria à Presidência do Brasil.
Existiam muitas dúvidas e teorias sobre a candidatura do apresentador, que recebeu convites de muitos partidos políticos. As pesquisas de intenção de voto o apontavam na liderança. Um dos levantamentos, divulgado pelo antigo Jornal da Tarde, o colocava com 34% das intenções mesmo antes dele se candidatar.
Após um acordo frustrado com o partido PFL, Silvio se encontrou com o candidato Armando Corrêa, que lhe ofereceu seu lugar para concorrer à presidência. A pouco mais de 20 dias da eleição, a proposta foi aceita.
Eu acho que tenho condições de ganhar. Vai depender do povo. Tenho muita sinceridade, tenho sensatez. Temos de nos assessorar com pessoas de bem. Eu vou me assessorar com bons ministros. Tenho muitas condições de fazer um bom governo”, afirmou ele logo após o acordo.
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Candidatura cassada
A inflação e salário mínimo eram os temas mais debatidos em sua campanha, que tinha como palco o programa de domingo no SBT. Em 1989 se realizava a primeira eleição direta para presidente desde o golpe militar, e Silvio Santos chegou a liderar a intenções de voto, seguido por Collor e Lula.
Contudo, vendo uma situação de perigo, o PRN, partido de Fernando Collor, entrou com pedido de cassação do PMB. Por fim o TSE aceitou o pedido e anulou a candidatura do apresentador no dia 9 de novembro de 1989, levando ao fim a empreitada política do dono do SBT