Perda irreparável: Pai de astro da Globo foi galã da emissora e partiu cedo demais

O artista seguiu os passos do pai, que foi um grande galã da Globo nos anos 1980 e faleceu precocemente aos 42 anos

Em Fuzuê, Rômulo Arantes Neto interpreta Julião, parceiro de César (Leopoldo Pacheco) que se aproxima de Luna (Giovana Cordeiro) com intenções não muito amigáveis. A trama das sete é apenas uma entre muitas novelas que o ator possui em seu histórico.

Na televisão, o jovem seguiu os passos de seu pai, o ator Rômulo Arantes, que foi um renomado galã da Globo nos anos 1980. O artista faleceu precocemente, aos 42 anos, devido a um acidente de ultraleve.

Lá, ele iniciou uma bem-sucedida trajetória como ator em novelas, participando posteriormente de várias produções como Caminhos do Coração (2008), Sangue Bom (2013), Império (2015) e outras tantas.

Assim, ele seguiu os passos de seu pai, Rômulo Arantes, que foi um grande galã de novelas nas décadas de 1980. O profissional era nadador e competiu nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972; Canadá, em 1976; e Rússia, em 1980.

Sua estreia na televisão ocorreu devido à sua experiência nas piscinas. Ele foi convidado para interpretar o nadador Osmar na novela Brilhante (1981), escrita por Gilberto Braga.

“Em Indiana, nos Estados Unidos, onde residi por nove anos, fiz um curso de teatro. Sou uma pessoa bastante reservada, mas consegui me soltar diante das câmeras. Na verdade, não esperava começar minha carreira artística com uma novela de horário nobre”, comentou em uma matéria do jornal O Globo.

O sucesso de Osmar em Brilhante resultou em outros convites para Rômulo Arantes na televisão.

Em suma, ele atuou em sequência em novelas como O Homem Proibido (1982), Direito de Amar (1987) e Sassaricando (1987), além de ter participado de programas como Caso Verdade (1982), Paraíso (1982), Vereda Tropical (1984) e A Gata Comeu (1985).

Romulo Arantes Neto (Foto: Reprodução / Tv Globo)

Seguindo os passos de seu pai

Nos anos 1990, mais trabalhos de sucesso surgiram. Rômulo Arantes brilhou como o vilão Levi na primeira versão de Pantanal (1990). Posteriormente, participou de Riacho Doce (1990), Perigosas Peruas (1992), Sex Appeal (1993), Quatro por Quatro (1994), Vira Lata (1996), Xica da Silva (1996) e Canoa do Bagre (1997).

Entretanto, em 2000, um terrível acidente interrompeu a carreira de Rômulo Arantes. Em 10 de junho, dois dias antes de completar 43 anos, o ator pilotava um ultraleve próximo à cidade de Maripá de Minas (MG).

O avião apresentou uma falha e caiu na pista de pouso, resultando em sua morte e também na do copiloto Fábio Amorim Ruivo.

Rômulo Arantes Neto estreou em novelas sete anos após a morte de seu pai. A semelhança física entre os dois sempre acabou notada pelo público, e o ator aceita com afeto as comparações.

No entanto, a perda de seu pai foi um golpe devastador para o artista, que tinha 13 anos na época.

“Foi muito difícil porque, aos 13 anos, você sente uma sensação absurda, de estar sozinho no mundo: ‘a segurança que eu tinha com ele vivo agora não tenho mais’. Meu pai era um suporte enorme, um porto seguro, a pessoa que você ama e que estabelece limites, em quem você confia”, explicou em uma entrevista ao podcast Papagaio Falante.

“Além do amor entre pai e filho, havia uma conexão muito forte, um vínculo que vem do esporte. Nós éramos muito parecidos. Ou melhor, nós somos muito parecidos. A relação que tínhamos era muito intensa“, continuou.

“O acidente ocorreu a 150 metros de casa. Talvez seja uma imagem que eu não queira guardar para sempre. Mas, ao mesmo tempo, é horrível. Até hoje sonho com ele”, concluiu o galã de Fuzuê.

Rômulo Arantes Junior e Rômulo Arantes Neto (Foto: Reprodução)