PREJUÍZO DE R$ 3,4 BI: Afim de evitar falência definitiva, Globo precisou negociar uma dívida milionária
15/03/2024 às 10h14
A grande emissora Globo, passou por um momento de aperto onde precisou negocias dividas por acumulo de prejuízos
Nem o mais aglomerado de comunicação do país escapa das contas inesperadas. No início dos anos 2000, a Globo Comunicação e Participações S.A (Globopar), tiveram que lidar com graves problemas financeiros.
A Globopar era responsável pelo antigo Projac, a Distel, Globosat, Editora Globo, gravadora Som Livre e o portal Globo.com. A empresa era a responsável pelos investimentos das então Organizações da Globo. Ela atuava em diversos setores da emissora: Economia, telefonia e hotelaria.
Durante os anos iniciais da década de 90, a Globopar adquiriu grandes divididas. Com o real sendo desvalorizado no início de 1999, a divida se acumulou, tornando-se mais grave ainda.
A empresa então tentou levantar recursos para melhorar sua imagem e seu bolso. Sem muito sucesso, Globopar vendeu para a TIM, por 113 milhões de dólares, as ações da Tele Celular Sul e Tele Nordeste Celular.
Posteriormente, a agencia responsável por classificar o risco de crédito de uma empresa, a Standar & Poor’s, rebaixou a nota de crédito da Globopar. Contudo, a situação melhorou para a empresa nos meses finais de 2000, quanto teve sua nota de crédito melhorada. Mas em 2022, seu crédito estaria novamente em risco.
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PREJUÍZO DE R$ 3,4 BI
Segundo os dados da Globopar, o grupo Globo (de acordo com os critérios estabelecidos para consolidação dos investimentos diretos do grupo e das empresas onde há sócios) teve, nos primeiros nove meses de 2002, prejuízo de R$ 3,475 bilhões, contra R$ 1,4 bilhão no mesmo período de 2001.
A piora no indicador é fruto da desvalorização cambial sobre a dívida da companhia. Segundo o relatório, o patrimônio líquido da Globopar em setembro de 2002 era de R$ 674 milhões negativos.
A dívida contratada ou garantida pela Globopar e TV Globo foi de US$ 1,3 bilhão. Somada à dívida não garantida contraída pelas empresas em que a Globopar é sócia, esse total sobe para US$ 1,55 bilhão.
A comparação com 2001, nesse caso, não foi possível, pois naquele ano a dívida das subsidiárias era consolidada integralmente, e não proporcionalmente à participação da Globopar. Assim, nos nove primeiros meses de 2001, a dívida era bem maior, equivalente a US$ 2,53 bilhão. Em setembro de 2002, Globopar e TV Globo tinham R$ 128,4 milhões em caixa.