Record tentou imitar Globo ao fazer cópia de Malhação, mas se deu mal
30/12/2022 às 13h03
Com o sucesso estrondoso que Malhação estava fazendo na Globo, Record armou uma estratégia para tentar copiar sucesso da concorrente
Em 2004, após o grande fracasso de “Metamorphoses”, a Record deu início a um plano de reativar seu núcleo de dramaturgia, o qual já começou com o remake de “A Escrava Isaura” e seguiu com produtos como “Prova de Amor” (2005) e “Vidas Opostas” (2006). Contudo, a emissora tinha uma carta na manga visto o sucesso que Malhação fazia na época.
Com dois horários de novelas já consolidados (às 19h e às 22h), a trupe dos bispos decidiu que era o momento de arriscar a abertura de uma terceira faixa. A ideia era criar uma espécie de Malhação, mas com uma pegada Record.
Isto é, um programa parecido à trama teen da Globo, em formato e público-alvo, para bater de frente com a novela das seis da “vênus platinada”. Nascia então “Alta Estação”, trama de Margareth Boury, em sua primeira novela como autora titular, que tinha a missão de atrair os jovens para a tela da Barra Funda.
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Detalhes da trama
A figura principal da trama era Bárbara Carvalho, adolescente de 18 anos que acaba de se formar no Ensino Médio. Ela larga o conforto da casa dos pais para ir atrás do amor de sua vida, Eduardo no Rio de Janeiro. Surgiam a partir de então os conflitos, os amigos, os desafetos e as descobertas tão próprias a essa época da vida e ao contexto universitário.
Estreada em 17 de outubro de 2006, exatamente um dia após o debute da concorrente direta na Globo, “O Profeta”. A novela logo mostrou não estar à altura da tarefa de competir com a história de Ivani Ribeiro.
Você vai ficar em choque ao descobrir o salário do protagonista de Malhação no começo dos anos 2000
Seja como for, o fato é que “Alta Estação” não correspondeu de nenhuma forma às expectativas com que fora concebida. Inicialmente pensada para se estender por várias temporadas, tal como sua precursora “Malhação”, acabou sendo encerrada com apenas 164 capítulos.